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Liderança histórica e coletiva: a força das mulheres na ACE Jundiaí

A Rede Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) conta hoje com 420 entidades. Deste número, apenas 20% das associações comerciais são presididas por mulheres.

A Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí faz parte destes 20% e desde o ano passado é presidida pela educadora, psicóloga e empreendedora Leandra Maia Diniz, que entrou para a história da entidade como a primeira mulher a assumir o cargo em 102 anos. 

A trajetória de Leandra na ACE teve início em 2017, quando integrou a Diretoria Executiva do então presidente Elton Monteiro. Posteriormente ocupou o cargo de vice-presidente durante a gestão de Mark William Ormenese Monteiro. 

Desde 2024 Leandra divide seu tempo entre a presidência da Associação – cargo exercido de forma voluntária, assim como os demais membros da diretoria e conselho deliberativo – sua família, e responsabilidades como mantenedora do Colégio Elíseos.

Mas essa liderança não é solitária. Ao lado de uma equipe majoritariamente feminina, Leandra tem mostrado que a presença de mulheres no mundo dos negócios vai muito além da representatividade, trata-se de ação, inovação e transformação.

Juntas, estas mulheres estão escrevendo um novo capítulo na história da entidade, provando que uma boa liderança é baseada na competência, colaboração e visão de futuro.  “O resultado da minha gestão hoje é reflexo da minha dedicação, mas também do time Ace, que abraça as ideias, não é resistente e está sempre disposto em trabalhar em prol dos empreendedores”, afirma Leandra.

Este time que ela faz questão de sempre exaltar é formado por mulheres como Luciane Francis Robi, que atua na área de legalização de empresas e Certificado Digital. Aos 46 anos, 27 são dedicados à Associação Comercial, seu primeiro e único emprego.

Sua trajetória começou quando se candidatou a uma vaga publicada em um jornal local, para trabalhar no setor de consultas do SCPC. “Enviei o currículo pelo correio”, diverte-se ao lembrar.

Desde então, acompanhou seis gestões presidenciais – todas lideradas por homens. Agora, com Leandra na presidência, Luciane sente-se representada. "Nunca tivemos uma mulher no comando antes. Isso é um grande passo", ressalta.

Outra integrante do time de Leandra é Keila Santana, que há 24 anos se dedica à Associação. A jovem tímida que entrou na entidade aos 19 anos para captar novos associados superou desafios, venceu medos, desenvolveu-se profissionalmente e chegou a liderar uma equipe de 17 pessoas.

Ao longo deste período, concluiu sua graduação em Comércio Exterior, cursou MBA em gestão de pessoas e acumulou outras especializações. Hoje, como coordenadora de Relacionamento e Qualidade, ela enxerga a presidência de Leandra como um reflexo da evolução da sociedade. “É um orgulho ver uma mulher ocupando um cargo nunca exercido antes. Mostra que podemos estar onde quisermos.”

Na gestão de Luciane, Keila e dos demais colaboradores está Sandra Girardi Melchíades, que ocupa a função de gestora desde 2019. Graduada em Administração, com mestrado na mesma área, ela iniciou sua carreira aos 21 anos, trabalhando a maior parte do tempo com lideranças masculinas. Leandra é a segunda mulher com quem tem a oportunidade de trabalhar, e sua experiência reforça que as diferenças na gestão estão mais ligadas ao perfil do líder do que ao gênero.  “O que muda não é ser homem ou mulher, e sim o estilo de liderança de cada um”, diz.

Sandra explica que a predominância feminina na equipe da ACE Jundiaí não é, necessariamente, uma escolha predefinida, afinal os colaboradores são contratados em seleção baseada em perfil e capacidade.  Ainda assim, como mulher sente-se representada ao ser liderada por outra mulher. “É muito gratificante ver uma mulher à frente da Associação e saber que ela confiou em outra mulher para fazer a gestão da entidade.”

A presidente Leandra orgulha-se de sua conquista e afirma que, embora a sua gestão seja voltada para empreendedores de todos os gêneros, sente-se uma inspiração para mais mulheres realizarem seus sonhos. “Abri caminho e espero que outras mulheres continuem a escrever novas histórias à frente da Associação Comercial.”