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ACE Jundiaí homenageia Depósito Carneiro pelos 51 anos de contribuição ao comércio

Os 51 anos de fundação da Carneiro Materiais para Construção, no Jundiaí-Mirim, foram homenageados nesta semana pela Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí.

A presidente Leandra Maia Diniz esteve no Depósito Carneiro, como é conhecido na região, para entregar um troféu comemorativo ao proprietário, Durval Carneiro Filho e seus familiares, que tocam o negócio.

Durante a homenagem a presidente lembrou que a empresa é atualmente o associado mais antigo da ACE, com filiação realizada em 1973. “Em nome de toda a Associação parabenizamos vocês por tanto tempo de comércio”, disse Leandra. “Desejamos muita prosperidade e sucesso.”

O Depósito Carneiro foi fundado em 1973, no bairro Jundiaí-Mirim, por iniciativa e espírito empreendedor de Durval Carneiro, que enxergou na comercialização de materiais de construção a oportunidade de impulsionar o crescimento da fábrica de cal que administrava junto com os irmãos Rubens e Florentino.

A fábrica havia sido comprada por Rubens anos antes. Ele havia saído do interior da Bahia em 1942 em busca de novas oportunidades no Estado de São Paulo e passou por diversos empregos, mas sua maior conquista foi ganhar um prêmio milionário em um sorteio da Loteria Federal.

Porém, o deslumbre com a vida de luxo e as novas amizades quase o fez perder todo o dinheiro que havia ganho. Por isso, na década de 60, quando recebeu de um amigo uma proposta de negócio para comprar um sítio com uma fábrica de cal em funcionamento, em Jundiaí, ele aceitou e pagou com o que restava de seu dinheiro.  

Já proprietário do sítio e da fábrica em Jundiaí, Rubens enfrentou outro dilema: pela falta de experiência, o negócio não ia bem. Em 1965, ele decidiu pedir a ajuda a seu irmão Durval, que também havia deixado a Bahia e se mudado para o Estado de São Paulo.

Durval já era casado com Laura, filha de um imigrante japonês que foi contra a união dos dois. Sem o apoio da família oriental, a vida em Braúna era difícil para o casal, que já tinha cinco filhos. Ao ser convidado para trabalhar na fábrica de cal, ele reuniu a esposa e os filhos e embarcou em um trem rumo a Jundiaí. 

Durval trabalhou incansavelmente na fábrica para equilibrar as contas e fazer o negócio prosperar. “Seus dias eram marcados pela roupa suja de cal e suas mãos viviam corroídas pelo manuseio do pó”, conta Durval Filho, que cresceu na empresa da família.

Com o desenvolvimento da região do Jundiaí-Mirim, Durval teve a ideia de comercializar material de construção e, juntamente com os irmãos, abriu o Depósito Carneiro, na Avenida Clarice de Souza Almeida.

Com o passar do tempo, os irmãos dissolveram a sociedade, e Durval assumiu o Depósito ao lado de seu filho e trabalhou no local até os 65 anos, quando decidiu se aposentar. 

Os negócios continuaram com Durval Filho, sua esposa Edna e os filhos Felipe e Josi. “Mantemos a mesma forma de trabalhar até hoje, com uma clientela fiel que passou de geração em geração”, diz a filha. “É assim com o depósito, que hoje está na terceira geração.”

Após 51 anos funcionando no mesmo endereço, em setembro de 2024, o Depósito Carneiro foi transferido para um novo prédio na avenida Humberto Cereser, 423. O incentivo para a mudança veio de Felipe. “Talvez seja a lição do meu avô Durval, que lá atrás viu a oportunidade de transformar a fábrica em depósito para acompanhar o desenvolvimento do bairro”, afirma Josi. “Agora o neto dele deu o passo para mudança para um espaço maior, continuando a acompanhar o crescimento do bairro.”