Notícias

Fique por dentro do que acontece em nossa entidade, no Brasil e no mundo.

Foto ilustrativa

Confiança do consumidor sobe para 99 pontos em abril

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) subiu de 96 pontos em março para 99 pontos em abril. A alta está no limite da margem de erro, mas apresenta uma inversão na curva de evolução da pesquisa, que havia registrado quedas acentuadas nos dois meses anteriores. Mais do que isso, o levantamento está 22 pontos acima dos 77 registrados em abril de 2018, resultado da melhora da economia e da redução do grau de incerteza.

Um dos destaques de abril foi a classe DE, cuja confiança saltou de 78 para 84 pontos. Em 2018, eram 80 pontos. “É a classe que mais variou no levantamento de abril. Uma das causas pode ter sido o anúncio do governo de que irá criar um 13º salário para o Bolsa Família. Além disso, é possível que os beneficiários de programas de transferência de renda – muito concentrados nesse estrato social – tenham percebido que, ao contrário do temor que existia, o governo não está cortando benefícios”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Na classe AB, a confiança manteve-se inalterada em 105 pontos de março a abril, sendo a mais otimista de todas. Na comparação com abril do ano passado, contudo, houve elevação de 41 pontos. “Ela está na expectativa, esperando para ver o que acontece na cena política e se a Reforma da Previdência vai ser aprovada”.

Já a classe C subiu dois pontos, de 94 para 96 na variação mensal. Na comparação anual, o salto foi de 21 pontos. A classe C ainda está bastante preocupada com a questão do emprego. Havia uma expectativa de que, com o novo governo, investimentos viriam e postos de trabalho seriam gerados. Contudo, não houve a concretização desse cenário, e o nível de desemprego continua bastante elevado.

“Em síntese, o consumidor não está pessimista, nem otimista; está cauteloso. E essa cautela decorre basicamente do fato de que nenhuma mudança significativa ocorreu nos últimos meses, principalmente na área do emprego, que não decolou como se esperava. Isso, por sua vez, acontece porque os investidores ainda estão aguardando a aprovação da Reforma da Previdência”, analisa Solimeo, que reforça a necessidade urgente do Congresso aprovar uma reforma previdenciária. “Precisamos fazer o Brasil andar”.

Indicadores positivos

O INC também apresentou melhora nos indicadores de situação financeira, emprego e consumo entre abril de 2018 e abril deste ano, conforme destaca a tabela abaixo. O destaque fica por conta da insegurança no emprego, que caiu de 62% para 36%.

O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 12 de abril.