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Coronavírus já muda o comportamento de jundiaienses

A cidade de Jundiaí possui até o momento 47 pessoas em investigação de coronavírus e nenhum confirmado. Mesmo assim as medidas para evitar que o vírus se espalhe já mexeram com o comportamento da população.

Atendendo às orientações das autoridades de saúde, escolas públicas e particulares estão suspendendo aulas. Universidades também dispensaram alunos. Hospitais alteraram horários de visitas e restringiram o fluxo de pessoas. Sesc, teatro, biblioteca e outros espaços públicos ficarão fechados por tempo indeterminado para evitar aglomerações e incentivar o isolamento social recomendado.

Nas empresas o vírus já começou a impor o home office. Desde segunda-feira, 15 funcionários da Tebas Investimentos estão cumprindo em casa as rotinas de trabalho. A medida visa colaborar com as autoridades e proteger os funcionários. “Avaliamos que não há necessidade de todos estarem na empresa. Nossos arquivos estão em nuvem e as reuniões podem ser feitas por Skype”, explica o sócio-diretor, José Roberto Orlando. “Montamos um grupo de contingência que vai avaliar a necessidade de fazer ou não encontros presenciais nos próximos dias.”

José Roberto conta que a medida adotada na empresa deixou alguns colaboradores assustados e apreensivos com o desempenho mas ele acredita que em poucos dias todos acostumarão ao home office. “Tenho certeza de que vamos aprender muito com tudo isso o que está acontecendo no mundo por conta do coronavírus.”

Pela legislação brasileira, o home office é uma das alternativas para as empresas adotarem neste cenário preocupante e incerto por conta da disseminação do coronavírus.  Outras opções para o empresário, segundo o presidente da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, o advogado Mark William Ormenese Monteiro, são antecipação das férias dos colaboradores, compensação de horas extras ou férias coletivas.  “Estas são as regras por ora permitidas que deverão sempre ser chancelas pelo Ministério do Trabalho. Foi sancionada a lei 13.979/2020 pelo presidente da República, porém não contempla necessariamente todos os direitos e deveres, ou seja devemos aprender lidar com esta situação inédita”, afirma. “Mas independente da alternativa escolhida, o diálogo entre as partes é sempre a melhor opção.”

Disciplina

O especialista em marketing digital Rodrigo Matiotti, 26 anos, faz home office desde o 14, quando ajudava sua mãe em uma representação comercial, e não pensa em trocar o escritório montado em sua casa por outro endereço. “O home office proporciona flexibilidade de horários e economia uma vez que não tem custos de operação e não preciso repassar isso aos clientes”, diz. “Posso trabalhar de onde eu estiver, desde que o local tenha acesso à internet.”

Para quem faz home office é preciso foco e disciplina. Felipe de Freitas, professor da Escola de Negócios da ACE Jundiaí, que desenvolve líderes, profissionais de alta performance, diz que esta metodologia de trabalho ainda é novidade para a maioria dos profissionais e para adotá-la é preciso que todos entendam que estão em casa mas trabalhando. O funcionário deve agir como se estivesse na empresa. “É uma ‘chave’ que não é tão simples de virar”, afirma. “Mas depois que se cria o hábito, tudo fica mais fácil. Há relatos que após se acostumar com o home office, o profissional tende a ser até mais produtivo do que quando está fisicamente na empresa.”

Para os funcionários que estão adotando esta prática, Felipe dá algumas dicas para o gerenciamento do tempo e aumento da produtividade:

  • Tome banho e se arrume;
  • Alinhe com o superior direto as entregas de cada dia que irá trabalhar em home office;
  • Faça uma lista de tarefas;
  • Comece e termine uma coisa de cada vez;
  • Crie uma agenda do dia, respeitando o horário de almoço e possíveis intervalos que tem quando está na empresa.

Outras alternativas

Nem todas as empresas conseguem implantar o home office, especialmente varejistas. Uma opção, segundo o presidente da ACE, Mark William, é alterar a escala de entrada e saída de funcionários, evitando assim os horários de pico dos transportes coletivos. “Pode-se também adotar o revezamento entre os funcionários e fazer escalas alternadas de dias de trabalho.” Outra opção é investir em entregas delivery.

Mark reforça que para proteger colaboradores, clientes e empreendedores diante do risco de contaminação do coronavírus, é importante o comerciante seguir as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde.

As recomendações são:

  • Higienizar canetas, calculadoras, máquinas de cartões de crédito, celulares, teclados de computador, mouse e demais itens usados por funcionários e clientes.
  • Higienize as mãos ao tocar em cédulas de dinheiro, moedas ou cartões.
  • Manter superfícies, como balcão e mesas, limpas e higienizadas.
  • Incentivar a lavagem das mãos com água e sabão e a higienização com álcool gel.
  • Atenda ao cliente a um metro de distância.
  • Espalhe álcool gel pelo estabelecimento, em locais visíveis e sinalizados.
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, copos e pratos.
  • Busque opções de atendimento à distância, utilizando redes sociais e outras plataformas digitais.
  • Não há necessidade do uso de máscara para a população.
  • Mark William, presidente da ACE Jundiaí