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Em Jundiaí, número de abertura de empresas supera o de fechamento

Os pedidos de falência voltaram a subir e registraram alta de 28,9% em junho, na variação mensal, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC, bureau de crédito adotado pela Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial, as falências decretadas e as recuperações judiciais deferidas aumentaram 82,2%, 93,0%, e 103,3%, respectivamente.

Nos dados nacionais divulgados pela Boa Vista, nos últimos doze meses as pequenas empresas foram responsáveis por 93,4% dos pedidos de falências e 94,2% dos pedidos de recuperação judicial. Com relação à falências decretadas e recuperações judiciais deferidas, também houve predominância de ocorrências entre pequenas empresas, que responderam por 95,8% e 94,3% dos totais, respectivamente.

Um pouco diferente do cenário nacional, em Jundiaí o número de aberturas de empresas registrado em junho (396) ainda supera o de encerramento de atividades (151), segundo dados fornecidos pela Prefeitura de Jundiaí.  “Apesar do cenário econômico atual, é um número positivo”, afirma o presidente da ACE Jundiaí, Mark William Ormenese Monteiro. “Mesmo assim estamos apreensivos com o fechamento do comércio não essencial e na expectativa da mudança de fase do Plano SP. O varejo precisa retomar suas atividades porque os empresários não vão aguentar a falta de caixa e não conseguirão honrar com suas dívidas por muito mais tempo.”

O diretor do Departamento de Fomento ao Comércio e Serviços da Prefeitura de Jundiaí, Júlio Durante, acredita que as medidas adotadas pelo poder público visando a simplificação dos processos de registro, capacitações, fortalecimento das ações do Banco do Povo, além de parcerias importantes com várias entidades como ACE Jundiaí, SEBRAE e ADEJ (Agência de Desenvolvimento de Jundiaí e Região), os empreendedores estão encontrando um ambiente favorável e propício à formalização de suas empresas, transformando em realidade o sonho de montar o seu próprio negócio.

Segundo ele, Jundiaí faz parte de uma rede de municípios na qual a dinâmica da economia atual tem exigido e pressionado os negócios mais tradicionais. “Aliada a esta pressão, atravessamos um momento muito delicado de pandemia. Os últimos dados de emprego divulgados também demonstram essa pressão e em um momento de dificuldades para se conseguir um emprego, os empreendedores passaram a exercer atividades por conta própria, garantido sua renda e empregos a outras pessoas”, explica.

De janeiro a junho foram abertas 2621 empresas em Jundiaí, contra 1422 fechamentos. O presidente da ACE imagina que o número de empresas que fecharam as portas este ano pode ser um pouco maior mas não aparece nas estatísticas municipais porque o encerramento das atividades ainda não foi oficializado. “Muitas empresas já estavam em uma situação difícil antes da pandemia e com a crise instalada, não conseguiram se manter. Simplesmente interromperam as atividades e não tiveram nem condições de providenciar a parte burocrática do fechamento”, diz. “É por isso que defendemos a retomada da economia o mais rápido possível. Do contrário, o número de baixas de CNPJ será cada vez maior daqui para frente.”