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Impostômetro da ACE atinge marca de R$ 1,4 trilhão

O Impostômetro da Associação Comercial Empresarial de Jundiaí  registra a marca de R$ 1,4 trilhão nesta quinta-feira (25). O montante – que representa o total de impostos, taxas, multas e contribuições pagas desde o início do ano – é atingido 12 dias antes do que no ano passado, indicando que a sociedade está pagando mais tributos aos governos municipais, estaduais e federal. Na comparação com 2018 o aumento nominal foi de 5,72% e o aumento real (descontando-se a inflação) foi de 2,38%.

“Embora o ritmo da atividade econômica esteja abaixo do esperado, há aumento da arrecadação por parte do governo, puxado por alguns setores com tributação alta, como veículos, por exemplo, e os royalties do petróleo, que estão crescendo em relação a 2018”, explica Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).  “Iisso pode estar acontecendo com outros segmentos – nem todos estão na mesma média de atividade. Além disso, a economia está crescendo um pouco, mas está crescendo, então naturalmente a arrecadação também cresce”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Divisão

O montante de R$ 1,4 trilhão que será registrado nesta quinta equivale à arrecadação nominal de 2019 (desconsiderando a inflação). Desse bolo tributário, o governo federal recebe 65%. Já as 27 unidades da federação recebem 28%. Por fim, 7% são destinados aos 5.570 municípios. O que representa o valor aproximado de:

  • Federal R$ 915.245.277.990,67 (65%)
  • Estadual R$ 391.550.179.377,51 (28%)
  • Municipal R$ 93.204.579.563,94 (7%)

Total          R$ 1.400.000.036.932,12

 

“Ainda mais importante do que olhar para o valor total é olhar para os gastos, em especial as aposentadorias – sejam elas públicas ou privadas –, que têm subido num ritmo muito maior do que a arrecadação”, diz Marcel Solimeo. “As despesas previdenciárias estão em níveis tão elevados que comprimem o restante do orçamento, impossibilitando investimento em áreas prioritárias como saúde, educação e segurança. A reforma da Previdência precisa ser aprovada o quanto antes. Infelizmente ela ficou para o segundo semestre: o ideal é que já estivesse concluída. O Congresso não pode postergar mais essa decisão e, acima de tudo, não pode desidratar mais o texto em tramitação”, pontua o economista.

O Impostômetro  está instalado na fachada da sede da ACE Jundiaí (rua Rangel Pestana, 533) para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade.