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Isolamento social acelera o uso de ferramentas digitais nos negócios

O isolamento social causado pelo novo coronavírus tem alterado o comportamento do consumidor, que agora usa ainda mais o comércio eletrônico para pesquisar e comprar os produtos. Diante desta situação, empresários estão revendo o modo como oferecem os seus produtos e serviços para tentar minimizar os impactos na saúde dos negócios, e ampliando ou agilizando o acesso a ferramentas digitais.

Foi o que aconteceu com Andreia Arêas, proprietária de um empório no Medeiros. Desde a semana passada, quando foi anunciado o decreto municipal restringindo o atendimento presencial ao público, o whatsApp é seu maior aliado para a continuidade dos negócios.

Por conta da crise, além de aumentar o atendimento pelo aplicativo, ela também implantou os serviços de delivery no horário do jantar. “Estava há três semanas fazendo entregas apenas no almoço”, conta. “Por conta da crise, agora também faço no jantar. Financeiramente ainda não compensa contratar um motoboy e por isso eu mesma entrego os pedidos. O resultado tem sido bem positivo. Com esta nova estratégia estou conseguindo divulgar meus produtos para outros bairros além do Medeiros.”

O diretor da Associação Comercial Empresarial de Jundiaí (ACE), Orlando Fabrício, diz que a inovação é uma das alternativas para os empresários driblarem as dificuldades e acredita que esta crise só antecipou a necessidade do comerciante investir em ferramentas digitais.  “É uma nova realidade que todos terão de enfrentar.”

Orlando, que é comerciante, trabalha com utensílios domésticos e industriais e uma das ferramentas mais usadas para as vendas de seus produtos é o whatsApp. “Esta é a forma que a maioria de nossos clientes prefere fechar os orçamentos mas também já recebemos pedidos por mídias sociais como Instagram.”

A vice-presidente da ACE, Leandra Maia Diniz, concorda com a necessidade de reinvenção e diz que o momento, apesar de preocupante, é uma oportunidade do empresário explorar com criatividade novas alternativas de trabalho. “A incerteza do cenário econômico preocupa porque todos estão com contas para pagar. Mas não podemos desanimar, com certeza este momento nos trará muito aprendizado.”

Leandra observa que a própria Associação Comercial fez adaptações nas reuniões de negócios do Unace, que por enquanto ocorrem de forma remota, nos eventos e na programação dos cursos da Escola de Negócios. “Esta semana tivemos o primeiro curso online, Gestão de Conflitos com a professora Caterine Berganton, e o resultado foi muito positivo.”

Quem participou, concorda. Édison Bento de Carvalho disse que adorou o formato adotado pela ACE para driblar o isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde. “Foi a primeira vez que participei de um curso online. Foi ótimo estar aprendendo no conforto de minha casa e o conteúdo foi excelente.”

Outra aluna, Camila Oliveira, também gostou do modelo da aula. “Anotei vários tópicos e estou em home office há uma semana. Então, foi tudo ótimo!”