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Foto ilustrativa

Mulheres no comando dos negócios

Não é de hoje que a vida das mulheres é marcada pela busca de direitos civis, sociais e políticos. Nos últimos séculos, elas conquistaram direito ao voto, ao trabalho, rasgaram sutiã em praça pública, chegaram à presidência e conseguiram a igualdade de oportunidades, apesar de longe do ideal.  Hoje, elas têm força no mundo corporativo e muitas estão na linha de frente de importantes empresas. Comandam dezenas de homens com a mesma naturalidade com que passam batom. O desafio agora é achar o equilíbrio para alcançar bons resultados na vida profissional e pessoal.

“Para fazer uma boa gestão empresarial preciso da minha equipe alinhada na empresa. Para a gestão familiar, eu tenho o alicerce de uma babá e do meu marido, Alessandro”, afirma a diretora da Madeiranit Érika Cristina Pinto de Mattos, 41 anos, que lidera 80 funcionários, sendo 60% homens. “Tenho uma vida dinâmica, viajo muito e por isso me apoio nestas pessoas para dar o suporte na minha ausência. Quando estou por aqui, procuro almoçar com o meu filho e não abro mão dos momentos em família.”

A loja liderada por Érika faz parte de uma rede familiar, no mercado há 45 anos. Ela cresceu neste ambiente corporativo mas nem sempre quis seguir os passos da família. Seu sonho era ser dentista e aos 18 anos prestou o vestibular para Odontologia mas não passou. “Fiz administração de empresas e virou minha paixão”, conta.

Sua gestão é caracterizada pelo acompanhamento diário dos números da empresa e reuniões periódicas com os gestores para alinhamento de equipe.  O fato de ser mulher, diz, não interfere na liderança. Segundo ela, o preconceito no mundo corporativo, muitas vezes, vem da própria família das líderes. “As mulheres estão se sobressaindo e acreditando no seu potencial. Mas é preciso separar a mulher empresária da mulher mãe e esposa. Às vezes algum familiar se incomoda porque em casa ela deixa sobressair a empresária. .”

Viviane Di Fiori, 38 anos, conta com o apoio do marido, Fernando, na gestão da ótica que leva o seu sobrenome. Mas a identidade da liderança é dela. Alto astral e muito positiva diante da vida, logo cedo envia mensagens motivacionais para os funcionários e trabalha com ações de reconhecimento e valorização do profissional. O retorno é positivo. “A rotatividade de funcionários é praticamente zero. Quando saem por algum motivo, pedem para voltar”, conta.

Vivi, como é conhecida, até tentou seguir a profissão de advogada. Trabalhou na área por dois anos mas a tradição da família no ramo de óticas falou mais alto. Em 2000 ela abriu sua primeira ótica e hoje comanda três lojas e um total de 50 pessoas, entre funcionários diretos e indiretos. “O maior desafio para conquistar os bons resultados é o equilíbrio de quatro pilares: família, trabalho, saúde e religião.”

Ela, que é mãe de dois meninos, lembra que já foi funcionária em várias empresas e hoje coloca-se no lugar de seus colaboradores no dia a dia. Procura manter uma relação agradável e um ambiente de trabalho alegre. “Para o funcionário produzir bem, ele tem que estar feliz. “

De 3.500 associados da Associação Comercial Empresarial de Jundiaí (ACE Jundiaí), pelo menos 700 empresas têm mulheres como sócias-proprietárias. O número ainda é pequeno, segundo a diretora, a educadora e empresária Leandra Diniz, mas representativo. “Hoje, na gestão dos negócios, o maior desafio é acompanhar as mudanças rápidas do mercado”, diz. “Vivemos em uma sociedade conectada e com consumidores cada vez mais exigentes, por isso é preciso estar sempre atualizada.”

Dia Internacional da Mulher

O empoderamento feminino é um dos assuntos que será discutido no encontro agendado para esta quinta-feira, das 9h às 11h, na Escola de Negócios, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Quem fala sobre este assunto é a coach Amanda Favoratto, que já atuou na liderança de grandes marcas.

Já a coordenadora educacional da ACE, Daniela Moraes, mostra que bom humor, comunicação não verbal e bom gosto são essenciais para a apresentação pessoal no ambiente de trabalho.  Para encerrar, consultoras da Mary Kay ensinam técnicas de beleza. O encontro é aberto somente a associadas, com vagas limitadas.

 

 

Érika comanda 80 funcionários

 

Leandra é empresária e diretora da Associação Comercial